Time's Person of the Year - 2006
« Who are these people? Seriously, who actually sits down after a long day at work and says, I'm not going to watch Lost tonight. I'm going to turn on my computer and make a movie starring my pet iguana? I'm going to mash up 50 Cent's vocals with Queen's instrumentals? I'm going to blog about my state of mind or the state of the nation or the steak-frites at the new bistro down the street? Who has that time and that energy and that passion?
The answer is, you do. And for seizing the reins of the global media, for founding and framing the new digital democracy, for working for nothing and beating the pros at their own game, TIME's Person of the Year for 2006 is you. »
Ghandi, Kennedy, John Paul II, Bill Clinton, Bill Gates... e You (ou seja, Eu :). Estas escolhas valem sempre o que valem (eu por acaso gosto especialmente destas compilações de final de ano). Mas apenas vêm mostrar que alguém tem estado atento ao meu blog, ao meu canal de YouTube, à minha conta do Flickr, aos meus perfis no hi5 e LinkedIn, aos reviews no Pixmania.
É a Web 2.0 em grande (um nome pelos vistos sujeito a debate, já que como salienta a TIME, este ano houve uma total re-invenção da Internet, e não uma simples nova versão).
Claro que ainda me falta algo para ser um membro plenipotenciário deste novo clube - uma personagem no Second Life, uma contribuição para o Wikipedia, e um podcast sobre coisas mais interessantes para a sociedade do que aquela vez em que eu caí a andar de patins no Turia. Mas um gajo também tem que trabalhar. E eu também gosto, apesar de tudo, de fazer desporto, viajar, ir ao cinema.... enfim, sair de casa.
Ainda assim, gostei da escolha. Sempre é melhor do que eleger o WBucha2 pela terceira vez (ainda que a justificação de que a pessoa do ano se possa ter destacado pela negativa atenua a repulsa inicial). E pode que ser ajude os mais desatentos a perceber a revolução em marcha.
3 comentarios:
Então parabéns a ti e a todos como tu, que se dedicam a construir conteúdos sem qualquer objectivo financeiro, para o bem da comunidade global. Mesmo assim a internet não passa de uma ferramenta de comunicação. Se há uns anos atrás tivessem elegido como personalidade do ano "Todas as pessoas que usaram o telefone este ano" :)
Ou "Todas as pessoas que abriram a boca e que fizeram home videos"
Enfim, acho que nenhuma personalidade mundial se destacou pela positiva e a TIME decidiu elogiar os seus leitores talvez para aumentar as vendas...
Hoje de manhã debatia-se no Fórum da TSF esta mesma questão e se bem que estejamos todos eufóricos com a web 2.0, temos de estar apreensivos com a web 3.0, quando as corporações multinacionais voltarem a agarrar as rédeas e a publicação de conteúdos voltar a ser paga... aí logo se vê quem é a personalidade do ano...
Se não soubesse melhor, (um anglicanismo desnecessário, quiçá causado pelo excesso de Internet) diria que o teu atelier é no Restelo, e que a tua idade duo-digital começa por 7.
Alternativas para personalidades do ano havia certamente (Muhammad; Jong-Il/Ahmadinejad; Annan, Carolina Salgado). E comparar um instrumento de massas com a potencialidade da internet ao bi-direccional e simplório telefone é uma comparação que, mesmo descontando a hipérbole, está ao nível do Borat.
E quanto ao medo de que as grandes "corporações multinacionais" agarrem as rédeas e tomem conta de tudo parece-me infundado - não foram as "grandes corporações multinacionais" que criaram o YouTube, o Google e a Wikipedia. E o Firefox, os blogues gratuitos e o Skype. Aliás, pensando bem, nem sequer foram as "grandes corporações" que criaram as "grandes corporações" de que falas - a Microsoft, a Yahoo, o Ebay, todas elas, no início, eram apenas 4 geeks com acne que passavam o dia agarrados aos omputadores. Portanto se os abusos começarem, certamente haverá outros 4 macacos que criarão uma alternativa. E outra. E outra.
E acho que esse risco (se é que existe de facto) combate-se exactamente acreditando nas novas tecnologias e tentando contribuir de alguma forma.
Ou será melhor desistir já?
Carissímo, não foste demasiado "duro" como temias e não me sinto ofendido :)
Eu sei que essas corporações começam sempre com pessoas bem intenciondas que querem mudar o mundo. E que caso consigam ganhar uns trocos com isso, melhor ainda.
O pior é que a certa altura cria-se uma máquina corporativa que toma o controlo das operações e as boas intenções passam para segundo plano. Como disseste e mto bem as opiniões que expressei são ecos do que ouvi na rádio, mas não deixam de ser aquelas que subscrevo.
Sobretudo quando oiço dizer que se planeia cobrar a quem quer colocar videos no teu amado youtube ou cobrar aos músicos que adquirem exposição via myspace. Ouvi dizer que Mr. Bertelsmann tem direitos sobre as músicas lá colocadas. Já o Flickr tem uma categoria pro que também se paga.
Sabes tão bem como eu que não há almoços grátis...
E isso leva-nos a pensar na evolução da internet.
web 0.0 - rede diminuta criada por especialistas para fins de investigacão.
web 0.5 - um monte de páginas pessoais, sem interesses comerciais, em que qualquer pessoa podia aprener html e criar um site.
web 1.0 - ou quando as empresas se aperceberam do potencial da internet como meio de divulgação dos seus produtos e serviços e dos lucros a isso subjacentes. A era do Webdesigner.
web 2.0 - o poder de volta ao povo. era dos blogs, das redes de amigos, dos foruns, de tudo o que prezamos na net. Muito me alegra esta evolução, mas como sabemos as coisas são cíclicas e o dinheiro, infelizmente, vence na maioria das vezes, por isso devemos estar apreensivos. só isso...
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